segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mondim - Sra. da Graça - Fisgas do Ermelo - Mondim "Passeio às Vindimas"

A convite dos amigos da ecobike, lá decidi aceitar o desafio proposto que era realizar um passeio das vindimas, que consistia deslocarmos-nos a Mondim de Basto, apreciar as vinhas de existem por lá, e de seguida, subir até ao alto da Sra. da Graça e depois seguir para as fisgas do Ermelo, depois do regresso a Mondim, tínhamos um pica no chão à nossa espera, que durante o caminho de carro , tinha sido confundido com um pica pau, vamos então por partes e um pouco de cultura gastronómica, Vítor fica aqui então a minha “meã culpa” diferenças entre pica no chão e pica pau (O que é o 'Pica no Chão'? Receita tipicamente minhota, um clássico da gastronomia tradicional portuguesa, faz-se usando um frango caseiro. A versão mais carismática é mesmo a cabidela – na fase final da cozedura do arroz é adicionado o sangue do frango, o que lhe dá a tonalidade mais escura e um paladar mais intenso. Para 'bocas' mais 'intensas'. Porque se chama 'Pica no Chão'?A expressão refere-se ao hábito do frango caseiro, criado em capoeiros ou em quintais, ao ar livre, em ambientes domésticos, que comem debicando do chão milho, couves e outros restos de comida que lhes são deitados durante o seu tempo de vida. Essa qualidade de vida marca grandemente a diferença do frango caseiro para os demais de aviário.

Pica Pau (Cortar todas as carnes em cubinhos, temperar os pedaçinhos de bife com o alho, o sal e a pimenta. Numa frigideira colocar um pouco de azeite e fritar a linguiça, a salsicha fresca e o bacon, quando estiverem alourados retirar e colocar o bife, quando este estiver frito retira-se também. À gordura existente na frigideira acrescenta-se o vinho, o ketchup, a mostarda, o molho picante, a maionese e envolve-se bem. Em seguida dissolva a farinha maizena num pouco de água e deite na misture anterior mexendo sempre para engrossar o molho. Por fim juntar as carnes ao molho e envolver bem. Pode servir como entrada para picar ou acompanhado com batatas fritas.),

E lá foi desfeita a confusão, porque quando chegamos a casa do amigo Mendes tínhamos então o belo Pica no Chão à nossa espera e que bem que soube, depois de esforço a que tínhamos sido sujeitos, tudo derivado ao ar rarefeito no alto do monte, relacionado com a altitude a que pedalamos….eu tenho a minha o opinião, até porque não fui eu que organizei este passeio, eu acho que o presidente da Ecobike o Almeida, não escolheu este sitio para as vindimas, até porque vinhas, vimos poucas, eu acho que o que ele queria e apesar de não gostar, era mesmo o pica no chão, e a reforçar a minha ideia, está a velocidade a que subimos para a Sra. da Graça, que eu próprio o acompanhei, deixando inclusivamente para trás ao nossos ciclistas profissionais, Tojó (já depois do estágio do continente africano), Mário Almeida e Valente, eu e o Almeida fomos inclusivamente obrigados a esperar dentro da capela, porque derivado ao avanço com que chegamos ao alto já estávamos a ficar gelados….Mas vamos começar desde o inicio, manha bem cedo lá partimos nós em direcção a Mondim de Basto, e os aventureiros foram o Almeida o Presidente, Leandro, Mário Almeida, Tojó, Valente e o Vítor que ficou encarregue de encontrar as vinhas, e se as encontra-se de tirar as fotos às mesmas.

Depois de algumas fotos da praxe junto à casa do Mendes, lá começamos nós a nossa subida, para encontrar a estrada que nos levava, até ao alto da Sra. da Graça, pelo caminho afinal o Almeida tinha razão ali existiam vinhas e alguns dos residentes daquela zona encontravam inclusivamente a proceder á apanha da uva para a posteriori ser transformada em vinho, e para comprovar tiramos algumas fotos para mais tarde recordar.

Alguns km mais à frente lá encontramos a famosa subida do Monte Farinha para o alto da Sra. da Graça, foram cerca de 8 km sempre a subir, subida com algum grau de dificuldade, mas sem duvida muito recompensadora ao nível da paisagem que ia dando para desfrutar ao longo da mesma, tempo ainda a meio para uma paragem para descansar e carregar os bidons com água, após a pequena pausa, mais uns km e estávamos no alto da Sra. da Graça (990 M de altitude), sem duvida que o esforço foi recompensado com a vista extraordinária, com que somos presenteados do topo, tempo ainda para visitar o Santuário da nossa Sra. da Graça e para tirar umas fotos, escusado será dizer que a tentação foi muita para subir á torre do santuário e tentação ainda maior para tocar nos sinos, o que causou na população adjacente uma grande agitação, visto que ficaram com as horas trocadas, e todos pensavam que estavam atrasados para o almoço, em detrimento das doze badaladas que alguém se lembrou de dar….Posto isto estava a primeira parte do passeio cumprida, lá deixamos o Alto da Sra. da Graça, e lá descemos o Monte Farinha, para iniciar-mos a 2ª fase do passeio que era a deslocação às Fisgas do Ermelo (Trata-se de uma das maiores quedas de água de Portugal. Uma barreira de quartzitos forma um enorme socalco, separando a zona granítica da xistosa, mais vulnerável à erosão. Por isso, o trabalho milenar da água cavou um desnível de quase 200 m, através do qual o rio Olo se despenha numa cascata deslumbrante. No topo das quedas, a montante, situam-se belas lagoas, muito procuradas de Verão.)

A partir desta fase entramos na terra propriamente dita, visto que a subida anterior tinha sido feita toda em alcatrão, o percurso até às fisgas foi feito maioritariamente em estradões sem grandes desníveis, mas que no entanto por vezes tínhamos pela frente algumas descidas engraçadas que proporcionam momentos de grande diversão, o que permitiu manter sempre um ritmo constante e animado, pelo meio fomos presenteados com uns cavalos a passearem pelo bosque, e mais à frente por um animal com uns cornos que gerou alguma discussão, visto uns apostarem que era uma cabra outros diziam que era um bode, no entanto a duvida permaneceu, até então, pelo caminho fomos passando mais alguns animais a passear pelo bosque, que observavam atentamente a nossa progressão, até que chegamos às figas do Ermelo, em pleno parque natural do Alvão (O Alvão, maciço essencialmente granítico, culmina no Alto das Caravelas, ponto cimeiro da imponente escarpa rochosa que se precipita sobre os vales do Corgo e do Cabril), zona muito verdejante, muito bonito o sitio, merecedor de uma visita mais prolongada, mais um objectivo atingido, tínhamos chegado ao segundo objectivo fisgas do Ermelo, depois de alguns minutos no local a contemplar a paisagem e a registar alguns desses momentos nas máquinas fotográficas foi tempo de nos fazermos ao caminho para regressar-mos a Mondim de basto, onde estavam à nossa espera para o repasto o Vítor e o Mendes, ambos cansados de procurarem por vinhas para fotografar, foi tempo de passar ao almoço e atacar o famoso “Pica no Chão”, e assim se passou mais um belo dia de BTT depois de mais de 4h00 em cima da burra e cerca de 55 km, na companhia dos amigos da Ecobike.

Que venha o próximo.



Um abraço para todos e boas pedaladas.

Leandro Costa (SeniorSad Power Cycling Team)